Aurora

(2003)

Dois homens apaixonados pela mesma mulher. Dois irmãos. Gêmeos e de gênios completamente opostos. Mergulhado no universo machadiano do início do século XX, o autor presta uma homenagem ao Bruxo do Cosme Velho, trazendo para o palco um texto livremente inspirado no romance Esaú e Jacob, escrito em 1904. Partindo desse amor bipartido, a peça conta a trajetória afetiva de Felipe e Frederico, apaixonados por uma mesma moça que conheceram na juventude e que morreu prematuramente. Anos depois, já na casa dos 40 anos, conhecem outra mulher que os remete ao primeiro amor, causando, novamente, uma grande animosidade entre os irmãos. Na velhice, no entanto – quando a peça começa os personagens têm 80 anos – conseguem rever o acontecido com olhar terno e amadurecido.

• Guilherme Leme
• Mônica Martelli
• Rodolfo Bottino

• Texto e Direção: Caio de Andrade
• Diretora Assistente: Ana Zappa
• Cenário e Figurino: Teca Fichinski
• Iluminação: Paulo César Medeiros
• Preparação Vocal: Jaqueline Priston
• Trilha Sonora: Cecelo Frony
• Design Gráfico: CCJF
• Fotografia: André Borges
• Assistentes de Direção: Jean Serra / Karan Machado
• Direção de Produção: Sílvia Rezende
• Realização: S. Rezende Produções Artísticas

• Teatro do Centro Cultural Justiça Federal
• Teatro Baden Powell
• Festival Porto dos Palcos – Rio de Janeiro
• Lonas Culturais da Cidade do Rio de Janeiro

“… a narrativa de Caio de Andrade prioriza sempre valores essenciais da natureza humana, invariavelmente expressos com humor, delicadeza e poesia. (…) Aurora é uma peça encantadora, entre outras razões por exibir ótimos diálogos e personagens muito bem construídos”.
– Crítica – Lionel Fischer – Tribuna da Imprensa

“… o autor criou uma ligeira e agradável comédia de época, na qual se apropriou com muita habilidade da linguagem do tempo do romancista para contar sua história. (…) O autor conhece suas intenções, o clima que deseja criar, o nível crítico buscado. E a direção de Caio de Andrade segura toda a encenação dentro de parâmetros cuidadosamente estabelecidos”.
– Crítica – Bárbara Heliodora – O Globo

“Muito bem urdida, a narrativa demonstra a segurança de Caio de Andrade no manuseio de personagens que ser reinventam em duplos e, especialmente, numa linguagem que os fazem falar como os homens da época, com a verve do romancista. Não é pouco “reproduzir” Machado de Assis com sutiliza e habilidade, servindo-se de uma leitura refinada das entrelinhas do autor, tanto no plano da linguagem quanto da trama”.
– Crítica / Macksen Luiz – Jornal do Brasil