O Ano do Pensamento Mágico

(2009)

“A vida se transforma rapidamente. Você se senta para jantar e a vida que conhecia acaba de repente.” Estas são as primeiras frases do livro escrito pela jornalista e roteirista americana Joan Didion, adaptado para o teatro pela própria autora. O texto – que trata da morte de forma natural e inevitável – é confessional, baseado na vida e nas experiências de perdas familiares da escritora. Não há espaço para a autopiedade, depressão ou elementos dramáticos de autoajuda, pelo contrário. A autora coloca a morte num patamar existencialista: morrer faz parte das transformações da natureza. Vítima de um problema coronário súbito, o marido de Joan morre e ela enfrenta, pela primeira vez, o processo de percepção da morte em plena sala de sua casa. O texto conta como transcorrem os 12 meses seguidos à morte do marido (enquanto a filha estava internada), a rotina burocrática depois de um falecimento, a tentativa de entender o que aconteceu, o lento retorno ao cotidiano e toda a desestrutura emocional que envolve a percepção da morte. Nesse meio tempo, a filha de Joan, Quintana – que estava na UTI com pancreatite – também morre, deixando pela segunda vez Joan frente à morte. A primeira montagem teatral de O Ano do Pensamento Mágico estreou em Nova York com a atriz Vanessa Redgrave e direção de David Hare, em 2007.

• Imara Reis

• Texto: Joan Didion
• Direção: Caio de Andrade
• Tradução: Erica e Úrsula de Almeida Rego Migon
• Cenário e Figurino: Célia Alves
• Iluminação: Hiram Ravache
• Design Gráfico: Emanuel Della Nina e Débora Setton
• Fotografia: Jefferson Martins
• Direção de Produção: Luque Daltrozo
• Realização: Daltrozo Produções Artísticas

• Teatro Bibi Ferreira (São Paulo)
• Teatro Sérgio Cardoso (São Paulo)
• 17º Festival Porto Alegre Em Cena (Teatro do Sesc)

“(…) a autora encara a morte como uma mudança da natureza. A cenografia da peça enfatiza essa ideia ao colocar no palco materiais em transformação, que denotam a passagem do tempo”  
REVISTA BRAVO (Novembro –  2009)

”Em cena, a atriz Imara Reis. Não bastasse seu perfeito entendimento do texto, especialmente sua força reconfortante, ela também lamenta a morte de parentes. O sentimento, portanto, tornou-se comum. “O grande mérito de Didion está em iluminar uma situação que normalmente as pessoas querem deixar na sombra”, comenta Imara, participando de seu primeiro monólogo em 35 anos de carreira.”
O Estado de São Paulo

“Conduzido pela atriz Imara Reis sob direção de Caio de Andrade, o monólogo retrata a indignação derivada da perda de um ente querido. Discute, ainda, a morte com naturalidade. A história de Joan Didion ganhou os palcos em 2007, em Nova York, com interpretação de Vanessa Redgrave e direção de David Hare. O texto já passou por países como Inglaterra e Austrália.”
Guia da Folha Online