O Jeca Voador e a Corte Celeste

(SP - 2ª montagem - 2006)

Tudo acontece em 1920 e a ação é ambientada na fictícia cidade de Engenho Novo, no interior paulista. O confronto entre o mundo rural e o urbano se instaura quando Lindamar Pinheiro, uma jovem moradora do Rio de Janeiro (então Capital Federal) e sua irmã gêmea Lindarosa (criada entre os recentes arranha-céus de São Paulo) são convocadas pelo Coronel Prudêncio – tio de ambas – para voltarem à fazenda onde nasceram. Uma inesperada situação política se instaura com a prematura morte de Nhá Branca – a jovem que se casaria com o prefeito Fabrício. O Coronel quer que uma das sobrinhas assuma o lugar da defunta e se torne a primeira dama de Engenho Novo. Como nenhuma delas, à primeira vista, suporta a idéia, buscam refúgio na casa do primo, o Joca da Venda – um ex-jornalista da capital que trocou a cidade pelo campo. É um nacionalista de primeira ordem e, sendo assim, não suporta os modismos afrancesados de Lindamar. Tampouco concorda com a visão radical de Lindarosa que, ao contrário da irmã fútil e afetada, tornou-se uma ativista política, envolvida com anarquistas italianos. Tudo muda, no entanto, quando ambas conhecem o belo, rico e bem intencionado prefeito Fabrício.

• Blota Filho
• Cynthia Falabella
• Gustavo Haddad

• Texto e Direção: Caio de Andrade
• Diretora Assistente: Imara Reis
• Cenário e Figurino: Cláudio Tovar
• Direção de Arte: Célia Alves
• Iluminação: Wagner Freire / Armazém da Luz
• Design Gráfico: Tool Design / Felippe de Paula
• Fotografia: Benê Porto
• Produção Executiva: José Maria Pereira Jr.
• Produção de Base: Christie da Rosa
• Direção de Produção: Fernando Cardoso e Roberto Monteiro
• Realização: Mesa 2 – Produções Artísticas

Excursão por cidades do interior paulista (Lorena, São José dos Campos, Taubaté, Caraguatatuba, Santos, entre outras).

O Teatro Mário Covas apresenta neste final de semana o espetáculo teatral “O Jeca Voador”, com texto e direção de Caio de Andrade. (…) A peça tem como objetivo discutir um momento do passado e parte do processo histórico pelo qual o país passou. Segundo Caio de Andrade, “(…) uma sociedade só consegue ser livre quando conhece sua própria história”, disse o autor.
– Guia do Litoral – Caraguatatuba

Sotaque caipira, ambientado no interior do Brasil dos anos 20: assim é o causo modernista “O Jeca Voador” que apresenta ao público de São José (às 21h, no Teatro Univap), a efervescência social, política e cultural daquela época. (…) A trama conta a lenda do prefeito solteiro, médico e aviador Fabrício Neves (vivido por Gustavo Haddad). (…) O nome do espetáculo, o ator explicou, se deve ao protagonista que apesar de ser um homem culto e viajado, apaixonado por balões e aviões (chegou a viver em Paris!) faz questão de morar no interior e conservar os costumes do lugar. “Todos nós nos apaixonamos pelo texto que possui diálogos bem fluentes”, afirmou.
– Jornal Valeparaibano – São José dos Campos